As patologias do sono cada vez mais acometem as crianças. Hoje vamos falar sobre terror noturno. Trata-se de uma conduta alucinatória noturna, caracterizada por episódios de pânico no decorrer da noite. A criança urra em sua cama, ficando com o rosto assustado, não reconhecendo as pessoas a sua volta, como se estivesse em perigo. Normalmente vem acompanhado de sintomas físicos como: taquicardia, palidez e suores.
A crise dura no máximo alguns minutos e logo a criança volta a dormir. Este quadro de terror noturno é mais comum em crianças entre dois e cinco anos, mas pode começar antes mesmo de um ano. Ainda desconhecemos as causas desta patologia, normalmente acomete crianças ansiosas ou com algum quadro de depressão. Pais que tenham apresentado a mesma patologia ou sonambulismo podem explicar o quadro da criança.
Segundo o DSM IV 307.46 os critérios diagnósticos são:
- Episódios recorrentes de despertar abrupto, geralmente ocorrendo na primeira terca parte do episodio de sono, iniciando com grito de pânico;
- Medo intenso e sinais de excitação autonômica, tais como taquicardia, taquipneia e sudorese durante cada episodio;
- Relativa ausência de respostas a esforços de outros para confrontar o individuo durante o episodio;
- Não há recordação detalhada de algum sonho e existe amnésia para o episodio;
- Os episódios causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional;
- O distúrbio não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substancia (drogas, medicamentos ou condição medica em geral)
Quanto à freqüência depende muito cada criança, algumas apresentam semanalmente e outras num espaço de uma semana a dez dias. Os pais devem ter alguns cuidados com o sono dos filhos como: regularidade no sono, cuidados com a alimentação, uso de medicamentos, contato físico e emocional com a criança neste momento. O ambiente deve ser calmo, com pouco som e luz e a criança deve dormir no mesmo horário. Outro aspecto importante para um sono tranqüilo é não ter a noite contato com eletrônicos.
Sabemos que o sono é fundamental para um desenvolvimento saudável, a criança deve dormir no mínimo oito horas para ter uma rotina saudável e energia para as atividades. Durante a crise não e aconselhável acordar a criança, os pais devem acolher, tranqüilizar e ficarem atentos.
Os responsáveis devem estar atentos a freqüência e intensidade do terror noturno. Caso este quadro se estenda devem buscar ajuda de um profissional para avaliar a criança, pois podem ter outros aspectos emocionais importantes encobrindo este quadro.
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