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TEMPOS DIFÍCEIS E TRANTORNO DE PÂNICO.

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O ano de 2020 não vem sendo fácil para a maior parte da população mundial, a pandemia do Covid-19 atingiu em cheio a crença que temos sobre o “controle da vida”, planos e programações foram alteradas abruptamente e por tempo indeterminado. Tal fato ampliou a busca em atendimentos de emergência de pessoas com sintomas de ansiedade e pânico, esse artigo se propõe a esclarecer o que é Transtorno do Pânico.

“Crises” ou “Ataques” de pânico, como também são chamados, podem ocorrer em qualquer transtorno de ansiedade, bem como em outros transtornos mentais e como resultado de certas condições médicas. Para determinamos se uma pessoa tem Transtorno de Pânico ela deve ter como único problema psicológico a aparição de ataques de pânico freqüentes e inesperados, ou seja, o que o define e a presença e a recorrência de ataques súbitos de ansiedade, aparentemente vindos do nada.  Geralmente surgem de forma abrupta, como uma sensação de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual podem ocorrer os seguintes sintomas, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: palpitação / taquicardia, sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou sufocamento, dor ou desconforto torácico, náusea, sensação de tontura ou vertigem, sensações de formigamento, medo de morrer, medo de enlouquecer (pensamentos catastróficos) ou sensações de irrealidade e despersonalização. Este conjunto de sensações de ansiedade crescente e de pensamentos catastróficos são muito assustadores e contribuem para reforçar uma experiência de terror e uma sensação de vulnerabilidade.

Aos poucos, com a repetição das crises, é comum os que sofrem deste transtorno sentirem-se inseguros e pouco confiantes em ficar sozinhos ou em sair desacompanhados, exigindo a companhia de alguém, na expectativa de que, se acontecer algo terão ajuda imediata.

Tais sintomas podem levar a incapacidade social, profissional, interferência por conta disto na vida financeira, busca mais freqüente por atendimentos de saúde (a maioria das pessoas passam por atendimentos em emergências médicas antes de chegar ao psicólogo ou psiquiatra), ausências freqüentes do trabalho ou escola, enfim afetam a vida como um todo prejudicando a saúde e qualidade de vida. Segundo estudos epidemiológicos, o transtorno do pânico atinge atualmente em torno de 1,5 a 2,5% da população mundial.

Para o plano de tratamento é importante identificar quando e como a crise se instala, quais pensamentos vinculam-se a ela e avaliar se os ataques tendem a ser espontâneos (sem nada associado) ou predispostos a situações que servem como gatilhos. É imprescindível o tratamento através da psicoterapia, por mais que múltiplos fatores possam estar envolvidos no desencadeamento do transtorno, as questões psicológicas são as que mantêm as crises.

A psicologia cognitiva comportamental tem protocolos de atendimento que geram benefícios importantes no controle e remissão das crises. Busque ajuda!