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LIMITE TAMBÉM É AMOR.

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Muitas vezes, por trás de algumas dificuldades que as crianças começam a apresentar, como por exemplo: agressividade, dificuldades de aprendizagem, de aceitar limites e tolerar frustrações, pode haver pais em apuros e relações em crise. A chegada dos filhos, trás, além de muito amor, situações desconhecidas e ameaçadoras, e uma infinidade de exigências novas, que se refletem na relação do casal e, freqüentemente, na saúde do filho. Sendo assim, os transtornos relacionados a um momento difícil da família, variam muito, podendo se manifestar nos distúrbios de apetite, alterações do sono, agressividade excessiva, diarréias, alergias, etc.

A expectativa e a confiança que os pais passam para os filhos é muito importante para o sentimento de segurança da criança e para o desenvolvimento da auto estima. Em um desenvolvimento sadio, procura se, desde cedo, construir na relação pais filhos, a idéia de que o adulto é confiável e protetor: os limites então são respeitados e tem a função de acalmar e de organizar o ego da criança.

A questão e a imposição dos limites devem começar desde muito cedo, mas muitos pais tendem a confundir limites com desamor, sentindo-se muitas vezes culpados, quando, por exemplo, negam algo para os filhos ou são mais exigentes no cumprimento de algumas combinações. É a firmeza dos pais, ao impedir a criança de ter tudo o que deseja, no instante em que deseja, que vai torná-la uma pessoa capaz de viver no mundo cheio de limitações como o que vivemos. Para isso não se tornar uma tortura ou uma batalha, os pais têm que pensar se os limites que estão impondo são realmente necessários e importantes.

Podemos entender as dificuldades dos pais, em impor limites, de acordo com os diferentes perfis que eles apresentam. Os ausentes, que estão sempre muito ocupados, quase não vêem os filhos, e por isso não têm coragem de negar nada que eles peçam. Os comodistas que não têm paciência para resistir a insistência do filho, por isso desistem de muitos  limites. Existem também os pais compensadores, que gostam de dar aos filhos tudo o que eles próprios desejaram e não tiveram. Os pais rígidos, que tratam os filhos como adultinhos, impondo limites demais.

Não se pode esquecer que limites é cuidado, carinho e amor e uma forma de ajudar os filhos a se organizarem. E a psicoterapia pode ser uma forma de ajudar os pais com dificuldades de colocar e manter alguns limites, auxiliando eles em alguns entendimentos e aliviando algumas culpas, facilitando dessa forma, a relação com seus filhos, sejam crianças, adolescentes ou até mesmo adultos. A ansiedade dos pais precisa ser percebida, conversada e tratada, para não virar doença.