Insônia refere-se a dificuldade em iniciar e manter o sono, ou quando ocorre despertar precoce, resultando na funcionalidade durante o dia.
Está geralmente associada ao aumento de risco de doenças cardiovasculares, colesterol e triglicerídeos aumentados, obesidade, fadiga, bem como depressão e ansiedade.
A insônia crônica, é uma condição que se instala quando surge um ou mais dos seguintes problemas, pelo menos três vezes por semana, por pelo menos três meses:
• Dificuldade para iniciar o sono;
• Dificuldade para mantê-lo;
• Acordar mais cedo do que o desejado;
• Resistência para deitar num horário razoável.
Quando a duração é menor que três meses, é classificada como de curta duração, além disso, os pacientes vão apresentar sonolência excessiva diurna, fadiga, comprometimento da memória, concentração e atenção, desordens do humor e irritabilidade, comprometimento da motivação/energia e iniciativa, propensão a acidentes ou erros, ou dificuldades com o desempenho ocupacional.
Na população em geral, um terço dos adultos referem insônia intermitente, enquanto 10% preenchem critérios para insônia crônica com “sequelas” diurnas.
Outros transtornos ou doenças do sono podem causar insônia, como ansiedade, uso excessivo de cafeína ou síndrome das pernas inquietas. É muito comum pacientes com depressão apresentam despertares matutinos precoces, ao passo que pacientes com ansiedade apresentam dificuldade em iniciar o sono. Existe uma relação muito próxima entre insônia, distúrbios do humor e dor crônica.
Insônia e noites mal dormidas podem piorar sintomas depressivos e ansiosos que, por sua vez, pioram a qualidade do sono e perpetuam a insônia.
A principal recomendação para os pacientes insones é adotar o conjunto de medidas conhecido como higiene do sono, hábitos que favorecem a qualidade do sono.
• Ter horários regulares para dormir e despertar, incluindo finais de semana.
• Evite cochilos diurnos. Durma no máximo 20 minutos durante o dia;
• Tenha um ambiente de dormir adequado: limpo, escuro, sem ruídos e confortável;
• Preferencialmente, evite fumar;
• Não fazer uso de álcool ou café, determinados chás (preto) e refrigerantes próximo ao horário de dormir.
• Evite ingerir quantidades excessivas de alimentos e líquidos antes de se deitar. Também evite dormir com fome, coma algo leve (fruta ou iogurte, por exemplo);
• Desconecte eletrônicos: fique longe de dispositivos emissores de luz.
• Ir para a cama somente na hora de dormir. Na hora de deitar na cama, se não conseguir dormir em 20 minutos, levante-se e vá para outro cômodo da casa;
• Pratique exercícios físicos regularmente durante o dia. Evite realizar exercícios à noite, especialmente 3 horas antes do horário habitual de dormir.
O principal tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, que envolve higiene do sono, técnicas de relaxamento e controle dos estímulos que mantêm a vigília. Inúmeros estudos apontam que ela é superior ao uso de medicamentos, tanto na eficácia como na duração dos efeitos benéficos.
A principal estratégia da terapia cognitivo-comportamental é a restrição do sono, que consiste em restringir o tempo real gasto na cama buscando melhorar e aumentar o impulso para dormir na noite seguinte. Os remédios devem ser prescritos apenas nos casos refratários, em que os demais recursos foram esgotados.
Referência: https://www.neurologica.com.br/blog/o-que-e-a-insonia-cronica-sintomas-e-tratamento/