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AUTOMUTILAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA.

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A automutilação é um fenômeno social que atinge cerca de 20% dos jovens no mundo, segundo a OMS. É um problema de saúde pública e temos uma geração que voltou a expressar as dores emocionais através do corpo.

Consiste em cortes pelo corpo com laminas de barbear, facas, tesouras sempre com a tentativa de esconder dos pais. Estes são os principais sintomas de automutilação, ou cutting, (do verbo cortar em inglês). Desde 2013, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental (DSM-V) considera a automutilação um transtorno autônomo, dissociado de outras síndromes, que tende a iniciar por volta dos 13 anos, sendo a ocorrência maior em meninas.

A automutilação não tem como objetivo o suicídio, no entanto é possível identificar muitas semelhanças entre o comportamento do suicida e daquele que agride o próprio corpo. Em ambos, a intenção predominante é de cessar a dor emocional, um pedido de socorro, uma tentativa de chamar a atenção daqueles que estão ao redor, normalmente dos pais.

O principal objetivo é aliviar a dor psíquica, a angústia, solidão, tristeza o vazio. O corpo acaba sendo uma via de escape para aliviar uma sensação ruim que a mente não está dando conta. A automutilação muitas vezes pode estar relacionada a quadros depressivos e ansiedade. Atualmente estes quadros estão relacionados com adolescentes que sofrem algum tipo de bulling, que apresentam grande dificuldade de socialização e aceitação nos grupos.

Os pais têm muitas dificuldades de identificar, pois geralmente os filhos escondem as marcas. A escola normalmente sinaliza para a família que algo esta errado com o jovem. É importante ficar atento a forma como seu filho se veste, se está adequada a temperatura. Os pais devem conversar com os filhos, mostrar importância a seus interesses, boa comunicação, resgatar a relação com estes jovens.

Quando identificado os sintomas o jovem deve ser encaminhado para uma avaliação psicológica e psiquiátrica, na maioria dos casos o tratamento combinado se fará necessário.