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ANSIEDADE INFANTIL – PARA PAIS.

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A ansiedade é uma das patologias psiquiátricas mais comuns nas crianças, atrás apenas dos Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e de conduta. Cerca de 10% dos pequenos sofre de algum transtorno ansioso, e cinco em cada dez passarão por algum episódio depressivo por causa dela. É necessário estar atento, também, à ansiedade que não chega a ser um transtorno, mas que traz sofrimentos e prejuízos cotidianos, como diminuição da autoestima.

Os quadros de ansiedade segundo o DSM-IV se subdividem em transtorno de ansiedade de separação, fobia social, ansiedade generalizada e fobia específica. Os transtornos de ansiedade de separação (TAS), têm como características principais a ansiedade e a preocupação excessiva relativa à separação da pessoa amada e fator de risco para o desenvolvimento de transtorno do pânico e de agorafobia em adultos. Na fobia social, a característica essencial é o medo persistente relacionado a situações sociais. O comportamento inibido pode ser um preditor relacionado ao temperamento para fobia social em crianças e adultos. No transtorno de ansiedade generalizada, a criança traz excessivas e múltiplas preocupações, apresenta pelo menos uma queixa somática e tem vínculo genético com depressão. A ansiedade é uma resposta humana normal que está presente em todas as pessoas; porém, têm-se como parâmetros intensidade, frequência e duração dos sintomas para estabelecer diagnósticos na infância. Cabe ressaltar que todos os transtornos descritos pelo DSM-IV requerem a presença de estresse significativo e prejuízo nas áreas social, escolar e outras (Krain et al., 2007).

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) tem um novo olhar sobre os quadros psiquiátricos em geral, em particular os de ansiedade. Antes, separavam-se os de início específico na infância; hoje, estão todos catalogados sem divisão de faixa etária. Isso significa que os transtornos presentes em crianças e adolescentes não são mais vistos como menos graves.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC), que tem eficácia comprovada no tratamento de distúrbios ansiosos, vê que os indivíduos com ansiedade percebem o mundo como um lugar perigoso, que exige constante vigilância. Além disso, são sensíveis demais a estímulos que sugerem reprovação, e sofrem de autocrítica exagerada. O
tratamento para os transtornos de ansiedade visa ensinar a criança a reconhecer sinais de ansiedade, utilizando-os para enfrentá-la. A criança aprende a identificar os processos cognitivos envolvidos no estado de excessiva ansiedade e recebe treinamento em relaxamento.

Os pais podem auxiliar no processo terapêutico utilizando técnicas de relaxamento e respiração com os pequenos, expor devagar os filhos a circunstâncias diferentes e, principalmente, não se zangar, mas trabalhar em conjunto com as crianças para superar as dificuldades.