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Suicídio e o Setembro Amarelo

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Por Letícia Schmitz, Psicóloga – CRP 07/18830

Estamos finalizando o mês de setembro, mas, sempre em tempo, para falarmos sobre o suicídio e o Setembro Amarelo, campanha brasileira de prevenção ao suicídio que está se tornando cada vez mais conhecida. Eventos são realizados para debater, alertar e até mesmo desmistificar o assunto. Digo desmistificar, pois acredito que, quanto mais a sociedade possa falar a respeito, mais informação a população tiver sobre motivos que levam uma pessoa a pensar em tirar a própria vida, talvez menos casos se tornem reais e concretos nas estatísticas. A campanha teve como start o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que acontece no dia 10 de setembro.

Muitos podem ser os motivos que levam alguém a cogitar o ato, como estar em um quadro depressivo, abuso de substâncias ou conflitos emocionais dos mais diversos, que por vezes, podem ser desencadeados por estressores familiares, problemas conjugais, dificuldades financeiras, entre outros. Porém, nem sempre as pessoas levam a sério um pensamento como este ou até mesmo uma tentativa real de suicídio. É comum, ainda hoje, ouvirmos o mito de que quem pensa ou comete uma tentativa de suicídio está querendo chamar a atenção, é percebida como uma pessoa fraca ou até mesmo louca.

O Setembro Amarelo está aí para mostrar que é importante que consigamos olhar para este indivíduo com todo o sofrimento que ele carrega, e pensarmos que o que ele realmente deseja é acabar com os seus problemas e não com a sua vida.

É necessário estarmos atentos àqueles que estão passando por algum tipo de conflito à nossa volta, pois quem pensa em cometer suicídio podenão expora ideia a outras pessoas. O mais comum é encontrarmos pessoas que sofrem caladas, muitas vezes com vergonha de expressarem seus pensamentos com receio de um julgamento e, aí sim, acabarem por ter uma atitude drástica como a tentativa de acabar com a própria vida.

Os profissionais da área Psi, psicólogos e psiquiatras, são os mais qualificados para auxiliarem alguém que está passando por este momento de pensamentos de morte e/ou tentativas de suicídio, exatamente por trabalharem com técnicas e conhecimentos específicos de cada área e não utilizarem do senso comum, muito menos de julgamentos com quem sofre tamanha dor. Com uma avaliação precisa, estes profissionais muitas vezes trabalham juntos, aliados no cuidado do paciente que sofre.

Em um processo de psicoterapia, podem ser explorados não só os motivos conscientes, mas, principalmente, os motivos inconscientes que fizeram o paciente cogitar tal ideia. Motivos que, em geral, não são claros e estão escondidos no íntimo da pessoa, e que, às vezes, a acompanham por anos, não sabendo identificar de onde vem tanto sofrimento.